O jovem mestre artesão Marcos Couto Leite faz belíssimos bordados em Richelieu. Nascido em Salvador, em 24 de agosto de 1974, seu encontro com o bordado aconteceu por força do destino, há 22 anos. Buscou no Instituto de Artesanato Visconde de Mauá um curso de tecelagem, mas acabou matriculado no curso de bordado à máquina e se apaixonou.
Segundo o Programa do Artesanato Brasileiro, o Richelieu é um bordado livre que pode ser feito à mão ou à máquina, com o auxílio de um desenho feito em papel manteiga e passado para o tecido, que é costurado contornando o desenho e tem as partes internas recortadas, dando um efeito vazado.
Anos depois de apaixonar-se pelo bordado, ao descobrir que sua avó também era bordadeira, o mestre passou a trabalhar na máquina dela, que utiliza até hoje, e resgatou essa habilidade de família. Ele produz peças para uso em cerimônias religiosas do candomblé e da igreja católica, além de peças de cama e mesa, sempre utilizando tecidos com fibras naturais, como algodão, percal, linho, cambraia de linho, viscose e outros e também linha de bordado 100% algodão.
Foi professor no Instituto Mauá e no Sesc e mudou-se para Cachoeira para coordenar um curso dentro da Irmandade da Nossa Senhora da Boa Morte, com o objetivo de resgatar a tradição do bordado, tão utilizado nas roupas de Candomblé, na região. Aí acabou se tornando também professor e mudou-se de vez para a cidade, onde continuar a ensinar com amor e se dedica a estimular o aprendizado e a autoconfiança das alunas.