Um grande público prestigiou a abertura com novo conceito do espaço

O famoso prédio amarelo, no Porto da Barra, foi reinaugurado como Casa Artesanato da Bahia, na noite desta sexta-feira (04/08), com festa que movimentou o largo da badalada praia de Salvador. Com um novo conceito, o espaço foi criado para agregar um conjunto de elementos importantes para as políticas públicas do artesanato do estado. A festa, que iniciou com o pôr do sol na praia, contou com as participações musicais de vários blocos afros, como Banda Didá, Cortejo Afro, Malê Debalê e Filhos de Gandhy.

Muitas autoridades e convidados prestigiaram a abertura, entre eles o secretário de Turismo, Mauricio Bacelar, o superintendente da Economia Solidária, Wenceslau Júnior, o superintendente do Sebrae Bahia, Jorge Khoury, o presidente do Conselho Baiano de Turismo, Roberto Duran, e a presidente da Federação das Associações de artesãos da Bahia (FAAEB), Regina Lúcia Borges.

Com vários ambientes, a casa passa ser ocupada pela loja, que comercializa produtos criados pelas artesãs e artesãos; o Memorial do Artesanato Baiano, com um acervo histórico; a exposição Memórias Afetivas, com peças que remetem às lembranças do passado; espaço multiuso; e a estrutura administrativa da Coordenação de Fomento ao Artesanato da Bahia-CFA, que atenderá presencialmente os artesãos de todo estado.

“A inauguração da Casa Artesanato da Bahia é estabelecer um ponto de referência na valorização da cultura baiana e na geração de emprego e renda. Aqui não tem só uma mostra de tudo que é produzido em diversas regiões de nosso estado, mas também uma referência de comercialização, qualificação e organização da política do artesanato da Bahia”, comenta Davidson Magalhães, secretário do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte – Setre.

A diversidade cultural é o principal diferencial do artesanato criado na Bahia. É o que os baianos e turistas vão conferir a partir do andar térreo, onde na loja estarão reunidos os trabalhos originais de qualidade de artesãs e artesãos, que refletem a miscigenação cultural de seu povo. Um mapa, desenhado em ponto estratégico, vai guiar os clientes e visitantes pela rota do artesanato no estado. Através da divisão dos territórios e identidades, será possível localizar a origem da produção artesanal quilombola, indígena, oleira (cerâmica), cestaria, carpintaria e muitas outras técnicas e matérias primas utilizadas.

Na Casa Artesanato da Bahia, a Coordenação de Fomento ao Artesanato – CFA, contempla as ações de políticas públicas e outros trabalhos, com atendimento presencial as (os) artesãs (ãos). São ações de qualificação e de fomento que envolvem diversos serviços, como cadastro, renovação da carteira, inscrição em feiras nacionais. A CFA, através do Programa do Artesanato da Bahia, promove também o atendimento à distância através da Escola Virtual Artesanato da Bahia, que oferece diversos cursos e formações, atendendo às principais demandas propostas por artesãs e artesãos.

“Chegou o momento de apresentar a Salvador e o estado este novo conceito de casa de acolhimento, que acolhe o turista, o baiano, mas, principalmente, à artesã e o artesão. Aqui, os artesãos vão ter um espaço de formação, orientação e comercialização de seus produtos”, festeja Weslen Moreira, coordenador de Fomento ao Artesanato da Bahia – CFA.

A Casa Artesanato da Bahia é uma realização da Coordenação de Fomento ao Artesanato da Secretaria do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte – Setre, criada para ampliar as potencialidades do Setor Artesanal, dando visibilidade e gerando renda através do Programa Artesanato da Bahia em parceria com a Associação Fábrica Cultural.

MEMÓRIAS

No 1º andar, o Memorial do Artesanato Baiano e a Exposição Memórias Afetivas, são um convite para quem quer conhecer a história do artesanato através de peças importantes do acervo. Nos dois ambientes do espaço cultural, o público terá a oportunidade de conhecer criações de mestras e mestres consagrados, que transformam matérias em objetos de desejo, independente do tempo.

Um dos destaques, é a diversidade das peças de cerâmica que vão desde as peças clássicas do barro de Maragogipinho a cerâmica contemporânea. O Memorial tem como principal proposta a valorização do conhecimento e sabedoria que permeia os fazeres artesanais, passados de geração para geração.

A exposição “Memórias Afetivas” foi desenvolvida com a proposta de estabelecer uma comunicação mais direta com o público. A ação de se criar uma mostra permanente sobre a memória do Artesanato da Bahia também deve tornar a Casa Artesanato da Bahia mais próxima e conhecida de baianos e turistas. Na exposição, o visitante certamente vai estabelecer uma relação dos objetos expostos com os que guardam em sua memória afetiva.

O Espaço Multiuso também é um equipamento importante na Casa Artesanato da Bahia. Ele será utilizado para exposições temporárias e ações de capacitação de artesãs e artesãos, algumas com a participação do público geral, como oficinas, workshops, palestras e encontros.

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