A Coordenação de Fomento ao Artesanato, vinculada a Secretaria de Trabalho, Emprego, Renda e Esporte (SETRE-BA), firmou o Termo de Cooperação com a Secretaria de Políticas para as Mulheres (SPM-BA) para a prevenção e enfrentamento à violência contra as mulheres nas ações do Artesanato da Bahia. A assinatura do documento aconteceu no II Congresso Estadual de Artesãos, no último dia 16 de março, no Museu de Arte Moderna da Bahia (MAM).

O objetivo é promover iniciativas que sensibilizem as artesãs sobre o enfrentamento à violência contra a mulher, considerando aspectos de gênero e raça, nas Feiras e Encontros Regionais do Artesanato da Bahia. As ações serão executadas através de palestras formativas realizadas pela SPM-BA, que abordarão o empoderamento social, econômico e cultural das mulheres, com perspectiva de dar autonomia às vítimas para saírem dos contextos violentos em que se encontram.

A Coordenação de Fomento ao Artesanato, representada por  Ângela Guimarães, ratifica que o segmento artesanal na Bahia é composto majoritariamente por mulheres e as dimensões da política de artesanato, além de afirmar a identidade cultural do estado, são instrumentos de geração de trabalho e renda, que promovem a autonomia econômica e financeira das artesãs. Segundo Ângela, “esta parceria com a SPM é fundamental, pois todos os órgãos do estado e da sociedade precisam se comprometer com a prevenção e o enfrentamento à violência contra as mulheres. O Artesanato da Bahia é pela vida e empoderamento das mulheres”, afirmou.

Em levantamento divulgado pelo Segundo o Fórum Brasileiro de Segurança Pública, no dia 7 de março de 2022, desde o início da pandemia, em março de 2020, a cada sete horas, um assassinato motivado pela condição feminina aconteceu no país até 31 de dezembro de 2021. A pesquisa foi feita com base nos boletins de ocorrência das polícias civis brasileiras.

Na Bahia, os números também são expressivos, segundo o Registro de Ocorrências Policiais do estado, publicado pela Secretaria de Segurança Pública (SSP-BA), no ano de 2021, foram registradas aproximadamente 40 mil agressões às mulheres baianas e mais de 45 mil ameaças.

Os dados apresentados reafirmam a urgência de medidas governamentais de enfrentamento a violência contra as mulheres, preservando a saúde e a vida das mesmas e criando alternativas de autonomia socioeconômica para o rompimento da violência doméstica.

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