Mostra de Tecelagem expõe peças no Centro de Comercialização

A exposição permanece até o dia 17 de dezembro

Fotos: Ricardo Prado

A Mostra ”A Trama Diaspórica nos Arremates da Resistência” foi aberta na quinta-feira (01/12) no Centro de Comercialização, no Porto da Barra, como o encerramento do curso de tecelagem ministrado por Joselito Pinto, mais conhecido como Mestre Zelito, e expõe produções feitas pelas alunas.

O Mestre foi parabenizado pelas alunas e a equipe da produção do evento, pelo trabalho feito desde agosto. Para Valdelice Lima, uma das participantes da turma desse ano, o curso foi um momento de renascimento, “há 8 meses perdi minha mãe e o curso de Tecelagem, me trouxe de volta, foi um aprendizado que vai ficar para a vida toda, eu e as minhas colegas formamos uma equipe, um laço muito bom”,relata a artesã.

A Mostra permanece no Centro de Comercialização até o dia 17 de dezembro, com entrada franca e uso obrigatório de máscara, de segunda a sexta-feira, das 09h às 18h, e aos sábados, das 9h às 14h. Algumas das peças produzidas estão disponíveis para venda, entre elas, os panos da costa, peça destaque do evento.Uma das curadoras da Mostra, a Assessora Técnica da CFA e artista plástica Rebeca Lawinski, buscou referências da cultura africana, acerca da transmissão de saber quando idealizou a Mostra a montagem da exposição, ”é uma relação com a trama da nossa história, que é passar esse saber e viver a vida, uma construção de vai e volta, como também é o movimento de tear, que diz respeito ao processo
Sankofa, do olhar pra trás e para frente.”

Após dois anos sem realizar o curso por conta da pandemia, a turma de 2022 superou as expectativas. “Com muita alegria, orgulho e satisfação, a Coordenação de Fomento ao Artesanato apresenta ao público a Mostra, que representa o trabalho de 15 artesãs e artesãos, que se encontraram durante três meses de curso de tecelagem. Nós temos uma produção diversificada, com bolsas, peças do vestuário, carteira, objetos utilitários, de decoração e utilizados em rituais sagrados das religiões de matriz africana”, afirma a Coordenadora de Fomento ao Artesanato, Ângela Guimarães.

Esta é uma realização da Coordenação de Fomento ao Artesanato da Secretaria do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte da Bahia (Setre) em parceria com a Fábrica Cultural.