Artesanato da Bahia marcou presença com os concorridos espaços: Mestras e Mestres Artesãos, Povos Originários e Tradicionais, Rota do Artesanato e Espaço Conceito, no lounge de entrada do Festival Nacional de Artesanato na Bahia – FENABA, na Arena Fonte Nova. No primeiro dia do evento (17/05), o público prestigiou a exposição de produtos artesanais vindos das 20 rotas do artesanato baiano. O FENABA, que prossegue neste sábado, das 13h às 22h, e amanhã, das 13h às 20h, reúne ainda na programação painéis, oficinas e o 2º Encontro Artesanato da Bahia.

Na sexta-feira, os visitantes circularam entre os espaços e se encantaram com o Espaço Conceito, com a curadoria da arquiteta Ana Kalil e equipe técnica da Coordenação de Fomento ao Artesanato, os produtos estão sendo apresentados em ambientes de decoração. São obras de artesãs e artesãos com pontos de vendas na Feira, e peças de mestras e mestres do acervo do Artesanato da Bahia.

“Além de ser um ambiente de recepção e descontração para quem chega ao evento, neste ambiente apresentamos inúmeras possibilidades estéticas e utilitárias do artesanato produzido na Bahia, inspirando e ampliando o olhar de quem consome arte. O Espaço pretende instigar o olhar do público para a rica produção local e seu potencial para a utilização no nosso dia a dia. O artesanato pode e deve estar em todas as casas”, afirma Ana Kalil.

Já no Espaço de Mestras e Mestres estão reunidos trabalhos de 20 experientes e reconhecidos artesãos baianos. Além de admirar e adquirir os seus trabalhos, o público tem a oportunidade de conversar pessoalmente com eles. Um dos precursores da arte sacra em cerâmica, o mestre Rosalvo Santana, de Maragogipinho, festeja sua presença no evento.  “O Festival é muito importante porque faz com que a gente saia do interior e venha mostrar o nosso trabalho em Salvador. Essa participação nos torna também mais conhecidos, valoriza o nosso trabalho e impulsiona as vendas’, comenta o mestre.

Neste espaço, baianos e turistas têm a chance de ver mestras e mestres apresentando suas técnicas com suas ferramentas de trabalho. O mestre Seu Zé Taurino encanta as pessoas ao produzir “ao vivo” objetos de cerâmica com torno. Já o mestre Joselito atrai muita gente ao manipular o tear e a mestra Maria do Carmo fica rodeada de pessoas ao produzir sua renda de Bilro.

Espaço dos Povos Originários e Tradicionais reúne trabalhos de cinco povos indígenas e remanescentes quilombolas. Os itens se destacam com os bonitos trançados com palha de piaçava e licuri. Já os povos indígenas estão presentes com artesãs e artesãos das etnias Kiriri, Pataxó, Cariri Xocó, Tupinambá Tuxá, com trabalhos que destacam as biojóias e cerâmicas.

Neste ambiente, o público vai conhecer a cerâmica Kiriri, considerada um dos artesanatos indígenas mais originais da Bahia. Uma das representantes desta técnica é a artesã dona Lenilda Marilda de Jesus, da aldeia Mirandela, em Banzaê, que recebeu, ontem, o título de mestra. No Artesanato da Bahia, ela é a primeira artesã indígena a recebê-lo.

Espaço Rotas da Bahia possibilita o público a conhecer sobre georreferenciamento do artesanato, através das 20 rotas traçadas no estado. Cada rota está representada por uma peça com uma técnica referente a região.

“A Feira do Artesanato da Bahia aqui na FENABA é um sucesso com grande diversidade, reunindo 260 artesãs e artesãos de 20 rotas do artesanato na Bahia. Contamos com espaços com a participação de 20 mestres, indígenas e quilombolas e o Conceito, reunindo ambientes de decoração. O que há de melhor foi selecionado para estar aqui neste Festival nacional, ressaltando que esta é uma importante ação de valorização de reconhecimento do trabalho feito pelo artesão. É uma oportunidade para que o público de Salvador conheça e compre o artesanato feito a mão por mestras, mestres, artesãs e artesãos”. afirma Weslen Moreira, coordenador do Fomento ao Artesanato.

No primeiro dia do FENABA, a programação foi aberta pelo Painel Temático, que debateu o tema Artesanato e Mercado. O empresário e lojista Lucas Lassen, conversou com o público sobre vários assuntos, como as tendências do mercado nacional e as questões do varejo e compra em atacado. Já a artesã Mônica Vieira contou sobre a sua história e revelou os segredos de como conquistar novos clientes.

A sexta-feira também foi dia de oficinas, voltadas para a capacitação de artesãs e artesãos. Muito concorrida, a Oficina Modelagem em Cerâmica contou também com a participação do público. A artesã Edna Marta ensinou, de forma bem lúdica as alunas, a trabalhar o barro em mão livre. Com o tema Logística de distribuição dos Correios: como entregar o seu produto comercializado à distância, a segunda oficina apresentou para artesãs e artesãos os benefícios que a empresa traz no transporte de seus produtos, principalmente nas exportações.

As ações do Artesanato da Bahia são realizadas pela Secretaria de Trabalho, Emprego, Renda e Esporte (Setre), por meio da Coordenação de Fomento ao Artesanato (CFA), e em parceria com a Associação Fábrica Cultural.

O 1º Festival Nacional de Artesanato na Bahia é também uma realização da Setre, em parceria com as Secretarias da Cultura (Secult), do Turismo (Setur) e de Promoção da Igualdade Racial (Sepromi). O evento tem correalização da Pau Viola e da Associação Fábrica Cultural e patrocínio do Sebrae e do Programa do Artesanato Brasileiro, vinculado ao Ministério do Empreendedorismo, da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte.

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