Nos últimos dias 27 a 31 de outubro, a riqueza cultural e diversidade do Artesanato da Bahia marcou presença no 14º Salão Nacional – Raízes Brasileiras. A grande mostra aconteceu na arena de eventos do Pátio Shopping Brasil, em Brasília, e reuniu os melhores trabalhos de aproximadamente 500 artesãs e artesãos de todo o território nacional.
A ocasião marcou a retomada das atividades comerciais pós-pandemia no âmbito nacional e a Coordenadoria de Fomento ao Artesanato da Secretaria do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte da Bahia (CFA/SETRE) integrou ao evento 10 representantes do artesanato baiano, entre mestres, produtores individuais, associações, representantes de tradições de matriz africana e indígenas.
Ângela Guimarães, coordenadora de Fomento ao Artesanato, destacou a importância da participação da Bahia no evento: “Significou expressar a riqueza da produção artesanal do nosso estado neste diálogo com a produção nacional, junto aos 23 estandes no salão. Além disso, o evento serviu de grande aprendizado para aqueles artesãos da nossa delegação que estiveram pela primeira vez numa feira nacional”. Ela ainda destacou a expressividade de vendas de artesãs e artesãos no Salão Nacional e falou sobre a expectativa para os próximos eventos nacionais: “Chegamos em Salvador com um balanço positivo e já estamos nos preparando para organizar a presença nas próximas feiras nacionais em Belo Horizonte e em Olinda, em dezembro”, acrescentou. Ao total, a delegação baiana comercializou aproximadamente 800 peças, entre vendas e encomendas, totalizando um valor expressivo de mais de R$ 40 mil.
O mestre Reginaldo Xavier apresentou a beleza dos seus trabalhos em cerâmica durante o evento e vendeu quase todos os artigos, um total maior que 70 trabalhos. Experiente na participação de grandes eventos, ele destacou o intercâmbio cultural com artesãs e artesãos presentes em Brasília. “Conheci pessoas, clientes novos, participei da Rodada de Negócios, vi o que os brasileiros estão produzindo, muita coisa bonita e de qualidade”, disse. Para ele, a importância do salão transcende o alto volume de vendas, com destaque para o reconhecimento nacional dos produtores baianos. “É muito importante a gente estar no topo da atividade à qual se dedica, junto a todos aqueles que fazem o mesmo. Teve gente que se emocionou diante do meu trabalho”, comentou.
A representatividade de povos indígenas foi um dos destaques da delegação baiana. Beija-Flor Pataxó, artesã indígena da Aldeia Coroa Vermelha, no sul da Bahia, expressou sua alegria em representar seu povo e satisfação em comercializar na feira. “Só de estar lá representando a minha comunidade, conhecendo pessoas de outras comunidades, foi uma honra. Trabalhei e estou satisfeita pelo que vendi”, comentou. A representante ainda agradeceu a oportunidade à CFA e teceu elogios a organização do estande baiano. “Uma equipe muito boa, a gente trabalhou com harmonia. Só tenho que agradecer e esperar que outras oportunidades surjam novamente”, disse a representante Pataxó.
Sobre o Salão do Artesanato
A beleza do artesanato brasileiro tem sido apresentada anualmente em Brasília através do Salão do Artesanato, que já realizou 14 edições desde sua criação, em 2009. Atualmente, é o maior evento do ramo no Centro-Oeste e está entre os três maiores do setor no Brasil. O evento trabalha com o conceito da sustentabilidade, realizando a coleta seletiva de resíduos e com expositores que comercializam produtos que utilizam como matéria-prima materiais reciclados.
O Salão do Artesanato tem o patrocínio do Sebrae e do BRB e conta com o apoio Institucional do Programa do Artesanato Brasileiro/Secretaria Especial de Produtividade, Emprego e Competitividade – SEPEC/Ministério da Economia.