O encerramento da temporada de feiras Artesanato da Bahia em Juazeiro foi marcante. A Terra das Carrancas foi solícita com o Artesanato da Bahia para a realização do último evento da temporada, nos dias 24 e 25 de setembro, na Casa do Artesão de Juazeiro.

Na ocasião, cerca de 30 artesãs e artesãos do norte da Bahia expuseram seus melhores trabalhos. Com direito a demonstração ao vivo da confecção de uma carranca de três metros feita pelas mãos do artesão Flávio Mota e do mestre Severino Borges, a feira reuniu também artesanatos indígenas, peças em crochê, bordados, trançados de palha e fibras naturais, sapatos de couros, cerâmica e bonecas de pano.

Lúcia Rêgo, presidenta da Casa do Artesão de Juazeiro, afirmou estar satisfeita com as vendas durante o evento e com a visibilidade que a associação ganhou. “Essa parceria e ação para fomentar o artesanato foi muito importante, nós agradecemos e esperamos que tenha continuidade. O artesanato precisa desse estímulo”, disse a representante sobre a realização do evento.

As atrações culturais, como o Grupo Cultural Galeota das Artes e os sons do cantor Charles Eluran, da Orquestra de Metais Cariris e da Banda Erva Doce, também entusiasmaram os visitantes da feira. No sábado, um desfile temático com roupas artesanais produzidas pelo artesão Gildemar Sena fez sucesso entre os participantes e aconteceu ao som do grupo Toque de Zabumba.

O Cesol Sertão do São Francisco também marcou presença e comercializou produtos da economia solidária em um diversificado estande. Aline Craveiro, coordenadora geral do centro, destacou os prejuízos da pandemia para os artesãos e comentou o papel da feira nesse contexto. “A Feira Artesanato da Bahia veio como uma oportunidade de promover, expor e comercializar o artesanato regional, gerando renda e movimentando a economia local”. Aline também fez questão de reconhecer a parceria do Cesol com o Artesanato da Bahia e comentou os benefícios dessa união. “As parcerias de instituições para promover o retorno das feiras, mesmo que de forma gradual, traz fôlego aos artesãos. O Artesanato da Bahia, com sua expertise, traz aos empreendimentos atendidos pelo Cesol o interesse em desenvolver as potencialidades do seu artesanato, agregando maior viabilidade aos produtos”, acrescentou.

Desde o mês de agosto, a feira passou por Aratuípe, Lençóis, Jacobina, Vitória da Conquista e Cachoeira, sempre reunindo o melhor da produção artesanal de cada região e incentivando a retomada econômica do setor. Para a coordenadora de Fomento ao Artesanato da Setre, Ângela Guimarães, as feiras representaram uma importante iniciativa de escoamento da produção artesanal neste contexto de retomada progressiva das atividades com o controle da pandemia. “Estas ações foram viabilizadas a partir de parcerias com prefeituras municipais, Sebrae, Senar, Centros Públicos de Economia Solidária, Federação das Associações de Artesãos, Casa do Artesão, TV Bahia e outros parceiros e conseguiram gerar uma movimentação econômica que beneficiou tanto artesãs e artesãos quanto outros segmentos econômicos, ampliando o fluxo turístico, o comércio e os serviços nas cidades por onde passamos”, completa.

A realização da Feira Artesanato da Bahia é uma iniciativa do Governo do Estado, por meio da Coordenação de Fomento ao Artesanato da Secretaria do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte (Setre), em parceria com Associação Fábrica Cultural. O evento em Juazeiro contou com a parceria do Sebrae Bahia, Sistema Faeb/Senar Bahia, Cesol Sertão do São Francisco, Casa do Artesão de Juazeiro e com o apoio da Prefeitura Municipal de Juazeiro e da TV São Francisco.

Encontro Regional

Na tarde da última quinta-feira, 23 de setembro, aconteceu o Encontro Regional de Artesãs e Artesãos, na Casa do Artesão de Juazeiro. A ocasião reuniu cerca de 30 profissionais, representantes de associações, do Cesol Sertão do São Francisco e do poder público local. A reunião fortaleceu a comunidade de produtores de artesanato do norte da Bahia e proporcionou uma rica troca de saberes, servindo também como momento de preparação para a Feira Artesanato da Bahia que aconteceu na cidade nos dias seguintes.

“Em todas as cidades por onde passamos, o encontro foi um espaço de diálogo e escuta entre poder público e sociedade civil, em prol do fortalecimento das políticas públicas do artesanato. É mais um resultado positivo das feiras regionais e um marco para um novo momento do Artesanato da Bahia”, concluiu Ângela.

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